JUSTIÇA MANTÉM GREVE EM EMPRESA DE TECNOLOGIA QUE ATENDE GRANDES COMPANHIAS

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A Justiça do Trabalho derrubou na sexta-feira (7) duas liminares da Qintess, terceirizadora de serviços de tecnologia, que tentava barrar uma greve de funcionários marcada para esta segunda-feira (10).

Na decisão, a desembargadora do Trabalho Bianca Bastos recusou a argumentação da Qintess de que o movimento grevista era abusivo.

Nos pedidos, a empresa disse que 50% dos empregados devem aderir à greve e que a prestação de serviços para clientes com contrato em São Paulo como a Via, Raizen, Banco do Brasil, TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) e Caixa Econômica Federal, serão afetadas. As informações constam do processo.

A Qintess contesta. Diz que não afirmou que espera a adesão de 50%, apenas citou que, por “ser um serviço considerado essencial, é garantido por lei que, no mínimo, 50% dos colaboradores sigam em seus postos de trabalho”.

Em nota, a empresa afirma que já implantou medidas para garantir que a operação não sofra impactos. “A Qintess apresentou proposta que atende aos pleitos sinalizados pela entidade, como também está aberta e segue todas as medidas conciliatórias. Atuamos rigorosamente dentro dos procedimentos legais e tomando ações que buscam atender aos interesses de todos os envolvidos”, afirma a companhia.

A greve foi aprovada em assembleia no último dia 31. Entre as reclamações dos funcionários há relatos de salários atrasados, falta de pagamento de férias, vale-transporte, vale-refeição, depósito do FGTS e outros, segundo o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo).

Na sexta-feira, representantes da Qintess e do sindicato da categoria se reuniram com a AGU (Advocacia-Geral da União) e desembargadores do TRT paulista —duas das instituições para as quais a companhia presta serviços.

Segundo Antonio Neto, presidente do Sindpd, o TRT pediu que seja garantido contingenciamento de funcionários para evitar que os serviços sejam afetados, e o pedido será atendido.

Na segunda, os funcionários farão um ato em frente ao Fórum Ruy Barbosa, na Barra Funda, pedindo o agendamento de uma audiência para resolver o impasse.

Fonte: Folha de S. Paulo