TESOURO DIRETO HOJE: BATATA QUENTE NO BANCO CENTRAL PUXA QUEDA DE 2% DO TESOURO IPCA+ 2045 EM APENAS 1 DIA

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As taxas de rentabilidade dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto disparavam nesta quarta-feira (19), provocando prejuízo dos títulos na marcação a mercado. Os títulos Tesouro IPCA+ de longo prazo são os mais impactados pela batata quente nas mãos do Banco Central.

Por volta das 12h20 (horário de Brasília), o Tesouro IPCA 2045 rendia juros de 6,22% ao ano acima da inflação, com preço unitário de R$ 1.086,55.

Desde o último fechamento em 18 de abril, o Tesouro IPCA+ 2045 viu seu valor afundar 2,01% na marcação a mercado. Com isso, o preço unitário caiu de R$ 1.108,84 para os atuais R$ 1.086,55.

Ou seja, o investidor que comprou o Tesouro IPCA+ 2045 no ontem registra prejuízo acima de 2% na carteira, caso queira ou precise vender seu investimento antes do prazo combinado com o Tesouro Direto no momento. Vale lembrar que quando as taxas caem, os preços dos títulos públicos sobem.

Batata quente no Banco Central

As leituras negativas do projeto do arcabouço fiscal, entregue ontem ao Congresso Nacional, ampliam as perdas nos mercados, esquentando a batata quente do Banco Central (BC) na condução da taxa Selic a 13,75% ao ano.

“Os juros futuros avançam hoje, acompanhando os yields dos Treasuries e também da maior preocupação fiscal, devido à leitura negativa com o texto enviado ontem ao Congresso, com impressões de que abre espaço para mais gastos sem garantia de receitas necessárias”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

Com isso, o mercado de juros volta a especular em que mês deve começar o ciclo de corte da taxa básica de juros, aponta Nishimura.

Por volta das 12h20 (horário de Brasília), a curva futura de juros abria com maior intensidade nos vencimentos mais longos. Os contratos DI com vencimento em janeiro de 2029 subiam 0,89%, com a taxa subindo de 12,25% para 12,35% ao ano.

Fonte: Money Time