Federação Brasileira de Bancos disse que não há regulamentação sobre o assunto
Com o objetivo de proteger dados sensíveis de clientes e de trabalhos internos, bancos brasileiros começaram a adotar medidas restritivas em relação ao uso do ChatGPT durante o trabalho. Uma pesquisa elaborada pelo Tilt, da UOL, mostrou que pelo menos dois deles já possuem orientações internas para todos os funcionários.
Dentre os principais bancos presentes atualmente no Brasil, Bradesco e Banco do Brasil são dois que já estão atentos em relação ao uso da inteligência artificial no trabalho. Caixa, Itaú Unibanco e Santander não responderam à solicitação do portal, deixando em aberto sobre como o ChatGPT está sendo tratado entre os funcionários.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) revelou para o Tilt que não há uma regulamentação criada sobre o uso de ChatGPT por instituições financeiras no país, cabendo a cada uma delas escolher a melhor maneira para conseguir lidar com isso.
Consultado pelo portal, o Banco do Brasil revelou que não proibiu completamente o uso da ferramenta, mas passou a dotar medidas restritivas em relação ao ChatGPT. Ainda assim, mostrou o interesse em ter este tipo de plataforma para ajudar em momentos específicos durante o trabalho.
O que os bancos dizem sobre o assunto
O Banco do Brasil destacou que “segue observando as inovações de mercado e avalia a adoção de recursos que possam eventualmente contribuir para a geração de valor para os clientes e funcionários, sempre atento à proteção e à segurança”. De qualquer maneira, ressaltou que “dentre esses temas está a possibilidade de IA aberta, como o ChatGPT”.
Mesmo assim, o Banco do Brasil ressaltou que este uso será moderado e em condições próprias. Prova disso está no fato de que eles destacaram que a inteligência artificial seguirá sendo usada para “uso em situações específicas, resguardados as políticas de segurança”.
Enquanto isso, o Bradesco acabou adotando uma medida um pouco mais rígida. O banco chegou a ponto de proibir o uso da versão gratuita do ChatGPT entre os funcionários. Entretanto, frisou que há diferença em utilizar a solução OpenAI e a própria ferramenta.
“O uso do ChatGPT em sua instância pública não é liberado para os funcionários. Vale esclarecer que há uma diferença entre usar o ChatGPT público e contratar a solução OpenAI, usando os motores da empresa, mas preservando os dados no ambiente privado do Banco.
De acordo com o Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos do Bradesco, o banco tem implementado o uso responsável e ético da IA. Recentemente, eles começaram a utilizar o ChatGPT como uma ferramenta complementar na análise de textos oficiais produzidos pelo Banco Central do Brasil.
Fonte: UOL