INFLAÇÃO MAIS BAIXA DEVE REFORÇAR ANTECIPAÇÃO DOS CORTES DA SELIC; VEJA AS PROJEÇÕES DO IPCA DE MAIO

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O ciclo de cortes na Selic pode estar cada vez mais perto. Na quarta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio e as projeções são de uma desaceleração na inflação.

Nas estimativas do Banco Modal, o indicador deve ter alta de 0,34%, com um acumulado de 12 meses em 4,05%. Já o Santander calcula uma alta de 0,35% com uma desaceleração do acumulado para 4,1%, chegando ao menor patamar desde outubro de 2020.

Se confirmado, o resultado será menor que a prévia do mês. O IPCA-15 subiu 0,51% em maio e acumulou alta de 4,07% nos últimos 12 meses. Já em abril, a inflação subiu 0,61% e acumulou alta de 4,18%.

“Dados de inflação melhores que o esperado aqui no Brasil, mostrando arrefecimento da inflação e reforçando a possibilidade de corte dos juros. Com isso, o mercado está precificando a possibilidade de corte para agosto, e até uma nova rodada de corte em setembro”, afirma Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank.

Grupos do IPCA

Segundo Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal, a expectativa é de que Artigos de Residência e Transportes apresentem deflação no mês de 0,09% e 0,48% respectivamente.

“No caso do primeiro grupo trata-se apenas de uma reversão a média após queda na leitura parcial. Quanto a Transportes, grupo deve ser impactado por menores preços de commodities energéticas, identificado pelo último IPCA-15, além da redução de preços da Petrobras em meados de maio”, destaca.

Também é esperada uma alta de 1,11% em Saúde e Cuidados Pessoais, ainda associado a produtos farmacêuticos.
Além disso, Alimentação e Bebidas também devem pressionar o índice com avanço de 0,60%.

Inflação persistente

Os economistas destacam que, apesar da desaceleração da inflação nos últimos meses, a inflação segue persistente e deve apresentar novas altas.

No caso dos preços de Transportes, por exemplo, a reoneração total da gasolina e etanol em julho devem pressionar o IPCA do período.

“Ainda se trata de um nível de inflação subjacente bastante desconfortável para a política monetária, dada a meta de inflação de 3% estabelecida para o médio prazo”, afirma o relatório do Santander.

Fonte: Money Time