O Banco do Brasil teve um um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre de 2024. O resultado veio levemente acima do projetado por analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam R$ 9,25 bilhões.
O resultado divulgado nesta quarta-feira (7) é 8,2% maior que o do mesmo período de 2023 e 2,2% superior ao registrado entre janeiro e março deste ano. A estatal também comunicou o pagamento de R$ 2,6 bilhões em dividendos.
O RSPL (retorno sobre o patrimônio líquido, também conhecido como ROE), que mede a rentabilidade do banco, porém, teve recuo marginal, saindo de 21,7% para 21,6% em 12 meses.
A alta no lucro líquido foi fruto da maior concessão de crédito promovida pelo banco, que terminou junho de 2024 com um saldo de R$ 1,18 trilhão na sua carteira ampliada, uma evolução de 13,2% na comparação dos últimos 12 meses e de 3,9% na comparação com março de 2024.
A alta nos financiamentos e empréstimos foi puxada por empresas e pelo agronegócio, com ganhos anuais de 13,2% e de 16,6%, respectivamente. Já o crédito a pessoas físicas teve aumento de 6,2% no último ano.
Com a aceleração na concessão de créditos, o índice de inadimplência (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) voltou a crescer e finalizou junho em de 3%, depois de ter caído de 2,92% ao fim de 2023 para 2,90% em março. A média do sistema financeiro nacional segue em 3,2%.
Para se proteger de possíveis calotes dos devedores, o BB provisionou R$ 7,8 bilhões, crescimento de 8,8% em 12 meses e queda de 8,6% em três meses.
As receitas de prestação de serviços cresceram 6,7% na comparação anual e 6% na trimestral. Entre os carros-chefes desses ganhos estão a alta de 14,7% em administração de fundos e de 12,2% em seguros, Previdência e capitalização. Já as despesas administrativas se elevaram em 4,9%.
Fonte: Folha de S. Paulo